A "Operação Angico" da Brigada Militar tem como objetivo a prevenção dos crimes de roubo e furto a estabelecimentos bancários principalmente no interior do Rio Grande do Sul. Essa modalidade de crime também é conhecida como "novo cangaço", onde os criminosos utilizam reféns na construção de um cordão humano para a proteção do bando durante o delito. Foi pela relação com o cangaço que a operação foi batizada, como referência a morte de Lampião e seu bando na Grota de Angico.

A operação seguirá nos próximos meses com base em três estratégias principais, sendo a primeira delas a fiscalização ativa para evitar desvio, furto e roubo de explosivos. A segunda com operações focadas em prisões de criminosos e a utilização de efetivo especializado com suporte de inteligência policial.

Os resultados da operação já são significativos e contribuem para acentuar a queda de incidência criminal, observada desde 2017. A redução no período supera os 49% nos roubos à estabelecimentos bancários. No primeiro ano foram 360 ocorrências desse gênero e em 2019 182. Desde 29 de novembro quando iniciou suas atividades, a Operação Angico prendeu nove pessoas, entre elas, um homem de alta periculosidade que se encontrava foragido do sistema prisional, condenado a mais de 60 anos de prisão por assaltos e latrocínios e especialista no manuseio de explosivos. Ofereceu pronta resposta ao roubo em Ibarama. Também foram apreendidos 850 munições de calibres variados e 48 armas.