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Sobre o 3º BPM

Fachada do 3° BMP
Fachada-do-3-bmp - Foto: Comunicação Social do 3°BPM

Em 15 de outubro de 1892, a extinta Guarda Cívica deu lugar à Brigada Militar, composta por um estado-maior, dois batalhões de infantaria e um regimento de cavalaria. Em fevereiro de 1893, as tropas dos maragatos invadiram o Rio Grande do Sul dando início à Revolução Federalista. Neste contexto, em 20 de julho de 1983, foi organizado o 3º Batalhão de Infantaria (3ºBI), incorporado à 4ª Brigada da Divisão do Norte. Durante a Revolução, o 3ºBI participou de diversos combates por cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, sendo sua principal ação no combate de Itajaí em novembro de 1893.

Após o término da Revolução Federalista, já em Porto Alegre, a Unidade que não possuía sede própria, ficou alojada no quartel do 2ºBI, na Rua 17 de Junho, 387, no Bairro Praia de Belas. Em agosto de 1895, foi transferida para um prédio na Estrada do Caminho do Meio (atual Avenida Osvaldo Aranha). Um tempo depois o Batalhão instalou-se na Rua General Canabarro, 358, no Centro, contudo, o prédio, por não ser bem ventilado, elevou os casos de tuberculose entre a tropa. Diante das péssimas condições do prédio, o 3ºBI,  em 7 de dezembro de 1899, veio a instalar-se na Hospedaria dos Imigrantes, no Bairro Cristal (local onde hoje está situado o hipódromo). Mesmo diante das reformas no atual prédio, em 20 de maio de 1911, a sede foi transferida novamente para um prédio situado na Avenida Praia de Belas, entre as ruas Coronel André Belo e 17 de Junho.

A partir de 1923, a história foi marcada por diversas Revoluções, estando o 3ºBI presente em muitos combates ativos. Primeiro, eclodiu no Rio Grande do Sul a Revolução Assisista, da qual resultou o Pacto de Pedras Altas em dezembro de 1923, impondo mudanças à Constituição. Um ano após, eclodiu em São Paulo uma nova revolução para a qual, o então presidente Arthur Bernardes, solicitou apoio gaúcho. Diante da derrota, o movimento rebelde de Miguel Costa marchou ao encontro da coluna do capitão Luís Carlos Prestes, formando a Coluna Miguel Costa-Prestes. O 3ºBI, integrando o destacamento comandado pelo tenente-coronel Arthur Octaviano Travassos Alves, participou das incursões pelo interior do Brasil durante a perseguição à Coluna Miguel Costa-Prestes, vindo a perder seu comandante em 1926, no Nordeste do país.

Durante a Revolução de 3 de outubro de 1930, o 3ºBI embarcou para o Rio de Janeiro, permanecendo até dezembro. Após o fim da Revolução, Getúlio Vargas deu início ao Governo Provisório. Contudo, as reivindicações ainda eram muitas, levando o país à eclosão de mais uma revolução, a Revolução Constitucionalista, ocorrida em São Paulo no ano de 1932, a qual teve fim em 1934 com a realização das eleições, convocação da Assembleia Nacional Constituinte e promulgação da terceira Constituição Brasileira.

Encerrado o período das revoluções, ficou estabelecido pelo governo federal que a competência das polícias militares se limitaria às atividades de policiamento ostensivo. A partir disso, a Brigada Militar foi reorganizada e, a partir de abril de 1936 o 3ºBI passou a se chamar 3º Batalhão de Caçadores (3ºBC).

Com a eclosão da II Guerra Mundial, o 3ºBC efetuou policiamento em depósitos de petróleo, no aeroporto, e nas oficinas da Fábrica Renner e Cervejaria Continental. Durante os movimentos grevistas do Estado Novo, na década de 40, o 3ºBC atuou na manutenção da ordem em greves pelo estado, com destaque para a greve dos metalúrgicos ocorrida em Novo Hamburgo. 

No ano de 1947, uma praga de gafanhotos estava devastando as plantações gaúchas, então, sob a orientação de técnicos da Secretaria da Agricultura, o 3ºBC auxiliou no emprego de lança-chamas e polvilhadeiras nos municípios atingidos. Ainda, em 1957, o 3ºBC contava com 18 destacamentos, dois oficiais e 5 sargentos na administração de presídios.

Novamente, em 1961, a Brigada Militar foi reorganizada, sendo os batalhões de caçadores substituídos por batalhões de guarda e batalhões policiais. Assim, a partir de 20 de abril de 1961, o 3ºBC passou a ser o 3º Batalhão Policial (3ºBP). A sede do 3ºBP, em 06 de julho de 1967, foi transferida para São Leopoldo, e instalou-se no prédio onde hoje está a praça da biblioteca.

Perante nova reorganização da instituição no final da década de 1960, as denominações das unidades passaram a seguir a legislação federal. Portanto, em 18 de dezembro de 1968, o 3ºBP passou a chamar-se 3º Batalhão de Polícia Militar - Batalhão tenente-coronel Travassos (3ºBPM).

Frente às precárias instalações do prédio em São Leopoldo e, considerando o crescimento do município de Novo Hamburgo, em 28 de maio de 1970, o 3ºBPM transferiu sua sede para o endereço onde hoje permanece. Em um terreno de 22 mil metros quadrados, foi construído um novo batalhão com 330 mil cruzeiros doados pela prefeitura de Novo Hamburgo. O 3ºBPM teve, sob sua jurisdição, todos os municípios do Litoral Norte, Região Metropolitana e Vale do Rio dos Sinos, contudo, estas áreas foram sendo transferidas para novos batalhões conforme a necessidade estratégica e organizacional da instituição. No ano 1998, o 3ºBPM passou a ser subordinado ao Comando de Polícia Ostensiva do Vale do Rio dos Sinos (CRPO/VRS), tendo como sua responsabilidade administrativa e operacional apenas o município de Novo Hamburgo, subdividido em três companhias.

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