Operação Golfinho
OPERAÇÃO GOLFINHO
A prática de banhar-se nas águas do mar, há longas décadas passadas, era utilizada como recomendação médica, de forma terapêutica. Por volta da década de 1920, as pessoas começaram a desenvolver o hábito de desfrutar de lazer à beira-mar e entre os gaúchos a procura pelos balneários do Litoral passou a se intensificar nas décadas de 1930 e 1940. Esse deslocamento para áreas marítimas provocou o desenvolvimento urbano de inúmeros balneários no Estado, destacando-se Torres, Tramandaí e Capão da Canoa.
A partir da década de 1950, a Brigada Militar passou a intensificar o policiamento ostensivo na região litorânea, nos períodos de verão, devido ao aumento do fluxo de pessoas que buscavam descanso e lazer à beira-mar. Frações operacionais começaram a ser deslocadas para os balneários, a fim de fazer frente ao crescente número de pessoas que para lá se dirigiam durante o veraneio.
Na década de 1960, a Brigada Militar denominava essa movimentação de Policiamento Especial de Praias, que englobava, principalmente, as ações de policiamento ostensivo e rodoviário. O trabalho de salva-vidas era controlado pelas prefeituras do Litoral Norte e feito por civis, geralmente pescadores que tinham conhecimento sobre marés e a experiência da prática de natação.
Em maio de 1970 foi criado o 8º Batalhão de Polícia Militar, em Osório, que passou a realizar o policiamento ostensivo de Torres a Tavares e, durante os verões, ficou responsável também pelas atividades dos salva-vidas, que passaram a ser treinados pela Brigada Militar e a compor o efetivo da Corporação.
A mobilização da Brigada Militar para prestar segurança aos veranistas, aumentando o efetivo e recursos materiais nas temporadas de verão, passou a ser denominado de Operação Golfinho.
Por longos anos, o 8º BPM foi responsável pelo planejamento e execução da Operação Golfinho em todo o Litoral Norte.
Diante de alterações na BM, pouco mais de vinte anos depois, a Operação passou a ser coordenada por uma Força-Tarefa do Comando-Geral. Em 1998, com a criação do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Litoral (CRPO Litoral), esse passou a ficar à frente do desenvolvimento da Operação Golfinho, juntamente com o Comando-Geral da BM e assim permanece até os dias atuais.
A Operação Golfinho também é desenvolvida no Litoral Sul do Estado.