Há um pai, entre nós, que é diferente de todos os pais. Todos os dias, e noites, ele veste a sua farda, se equipa, beija seus filhos, encara o mundo além da porta de sua casa e sorri: naquele momento, o seu papel de pai se multiplica. E ele passa a agir como pai para toda a sua comunidade.

No seio do seu lar ou na incandescência do seu turno de serviço, ali está ele, pronto para intervir a qualquer surpresa. Esse pai que educa. Que protege. Que ampara, orienta, encaminha. Que arrisca a própria vida para salvar seja lá quem for que estiver sob sua proteção. Esse pai que interfere de um jeito enérgico, se for preciso, seja mediar uma desavença ou corrigir posturas equivocadas. Esse pai que enfrenta batalhas diárias que só ele conhece.

Sabemos, esse pai nem sempre é compreendido nas suas ações, lições e intervenções. Mesmo assim, não renuncia ao seu papel. Porque o faz com a convicção dos que acreditam na vitória da consciência, na paz entre os homens, na razão que equilibra nossas relações mais diversas. Porque o faz com essa fé tão paterna que traz consigo, de convencer seus protegidos sobre a importância das melhores escolhas. Do melhor caminho. A fé que também é esperança e atua, no hoje, de olho num amanhã melhor para todos.

Esse homem, que de pai dos seus filhos se torna pai de todos, é um pai social. E arca com a responsabilidade de quem precisa, a todo instante, ser exemplo de respeito ao próximo, de humanidade e equilíbrio, de cumprimento das regras, concebidas para o coletivo conviver em harmonia fraterna. Mas precisa estar pronto para reagir à altura até contra a crueldade, na proteção de si próprio, dos seus colegas, de todos nós.

Não, não é fácil ser um pai policial.

Não é fácil deixar filhos em casa, aos prantos, pedindo que não saia ao vê-lo se fardar. Não é fácil saber, antes, que talvez não volte para os seus melhores abraços na hora marcada. Mas é seu dever sair de casa e cuidar de todos os pais e filhos da comunidade que jurou defender. Servir e proteger é a sua missão. Mesmo que, vez ou outra, ele precise esconder a vontade de chorar, ou precise digerir com dificuldade o gosto amargo da decepção e da injustiça – e, se assim o faz, se aguenta a dor e prossegue na batalha, é para manter o foco. E para que nenhum filho, dele ou do mundo, desanime e se perca.

Há um pai, entre nós, que é igual a todos os pais. Mas, toda vez que se farda e ganhas as ruas, ele se torna o pai de toda a sociedade sem discriminação. A Brigada Militar deseja um Feliz Dia dos Pais a todos os nossos pais policiais militares, aos pais de nossos policiais e aos pais de toda a comunidade gaúcha!

Confira os vídeos que a BM produziu em homenagem aos pais: (o conteúdo dos dois vídeos são diferentes)