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Conheça a história da mãe e Capitã do Quadro de Oficiais de Saúde da Brigada Militar, Juliana Streck

Neste Dia Mundial da Amamentação (1), saiba a importância dos cuidados para produzir o leite materno pela percepção de Juliana

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Juliana amamentando a pequena Martina durante sua formatura de conclusão do CBOS - Foto: Card PM5
Por Guilherme Maia/estagiário PM5 - Comunicação Social

Se hoje no Quadro de Oficiais Especialistas em Saúde (QOES) da Brigada Militar, Capitã Juliana Streck, emprega suas forças na linha de frente no combate ao novo coronavírus, um ano antes precisou abdicar de sua formatura e dedicar-se exclusivamente à gestação. Enfermeira por formação, ela entrou grávida no Curso Básico de Oficiais de Saúde (CBOS) de 2019, não pôde concluir a capacitação na data prevista e teve de esperar o período de licença maternidade acabar, para se formar.
 
Para muitos, adiar a realização de um objetivo é algo impensável. No caso de Juliana, esperar um pouco mais para concluir um sonho foi a única opção enquanto esperava para dar luz a outro: Martina, sua primeira filha. Faltando apenas a instrução de tiro para se formar capitã do Quadro de Oficiais de Saúde da Brigada Militar, foi orientada pela junta médica da corporação a não realizar a atividade e afastar-se até estar apta à prática militar.
 
Ficou, então, cerca de oito meses afastada do treinamento e dedicando-se unicamente a gestação. “Eu iria terminar o curso com meus colegas no mês de abril, mas a minha (formatura) acabou acontecendo em janeiro de 2020”, conta. Na volta, no início deste ano, realizou as atividades teórica e prática de tiro - únicas que estavam faltando em seu currículo -, e juntamente com outros dois alunos, a farmacêutica, Daniela, e o dentista, Marlon, se formou no CBOS.
 
Atualmente lotada no Hospital da Brigada Militar (HBM) de Porto Alegre, Juliana está trabalhando diretamente no combate a propagação de covid-19. Profissional da linha de frente, exposta diretamente aos riscos de contrair o vírus, sabe da importância em fazer parte do Quadro de Saúde da Corporação, mas, principalmente, da responsabilidade dobrada que deve ter com sua saúde e também com a da pequena Martina, de apenas 1 ano e dois meses. “A gente acaba tendo um cuidado muito maior, tanto no lugar onde se trabalha, como em casa. É já sair do hospital sem a farda, chegar em casa e tomar banho, higienizar os calçados (...) Tudo isso antes de ter contato com a família”, ressalta a enfermeira.
 

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Juliana amamentando a pequena Martina durante sua formatura de conclusão do CBOS - Foto: Card PM5


Todos esses cuidados servem também para evitar problemas com leite materno, principal alimento na fase inicial da vida de uma criança. Conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mãe deve iniciar a amamentação nos primeiros 60 minutos de vida do bebê, assim como manter aleitamento materno como forma exclusiva de alimentação até os seis meses de idade e, de maneira completar, até os dois anos.
 
Sabendo dessa importância, seja pelos benefícios que oferece à saúde do bebê ou por consolidar o laço entre a mãe e o recém-nascido, a oficial ressalta o que preconiza a OMS em relação ao ato. “Eu acredito que a melhor coisa que podemos dar para um filho é a amamentação. Eu sou muito favorável a isso e pretendo continuar amamentando até que ela complete dois anos.”
 
Mãe coruja assumida, ela ainda deixou um conselho sobre o ato de amamentar: “Eu sempre falo que a amamentação está na cabeça de cada uma. Existem muitas mães que não conseguem amamentar e isso não é nenhum problema. Todas são mães de igual forma. Então busquem conhecimento, vão atrás, porque é a melhor coisa que a gente pode dar para um filho”, completa.

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